Liderança Transacional X Liderança Transformacional

          Um dos maiores desafios na Administração como um todo hoje é ser um profissional que, além de ser qualificado, possua um perfil de liderança, de acordo com as necessidades e exigências do mercado, seja qual área ou ramo for. Ser líder é muito mais que um compromisso, uma responsabilidade ou qualquer outra característica. Precisa além de tudo ter dom e um perfil adequado para cada atividade a ser desempenhada e, para que seus resultados sejam alcançados conforme a necessidade.

          No que se refere a características de líderes, temos como base alguns exemplos práticos, segundo Wright (2000, p. 305) “alguns lideres são personalidades marcantes, outros são quietos e contemplativos. Alguns buscam ampla participação nos processos decisórios; outros tomam decisões principalmente sozinhos, sem ajuda de outros.” Existem outros e diversos perfis e características a serem exemplificados, porém os citados anteriormente servem como base.

          O líder é a personalidade que dita o tom para os demais membros da empresa. De acordo com a personalidade de cada líder, podemos mensurar qual é o estilo de liderança mais adequado para este. Os estilos de liderança podem ser classificados em liderança transacional ou liderança transformacional, onde muitas vezes esses conceitos de perfis são esquecidos no mercado.

          Segundo Wright (2000, p. 305) “com a liderança transacional, os administradores utilizam a autoridade de seu cargo, do modo como acabou de ser descrita, para trocar recompensas como pagamento e status pelos esforços de trabalho dos funcionários”. No que se refere à liderança transformacional, o autor enfatiza que “os administradores inspiram o envolvimento em uma missão, oferecendo aos seguidores um “sonho” ou “visão” de uma ordem mais alta que a realidade presente desses seguidores”. Um dos efeitos provocados pela liderança transformacional é passar uma motivação aos seguidores e impulsionar reações para que, de certa forma, estes façam muito mais do esperam fazer, dando-lhes uma maior autoconfiança e aprimorando suas habilidades.

          As diferenças entre ambos os perfis de lideranças são nitidamente percebidas de acordo com cada descrição conceitual. Infelizmente, o perfil de liderança transacional é o perfil mais presente no mercado de trabalho hoje. Os líderes transacionais não estão preocupados em compartilhar suas ideias, experiências e inspirar seus funcionários para qualificar a sua organização como um todo, mas ficam tentando buscar uma melhor eficiência e eficácia em suas operações, porém muitas vezes sem êxito. Segundo Wright (2000, p. 306) “o líder transacional típico está sempre preocupado com o aumento de vendas, com a participação de mercado e os lucros, em vez de se concentrar em transformar a organização”.

          Wright (2000, p. 309) explica que “tanto líderes transformacionais quanto transacionais podem exibir todos os estilos de liderança identificados em teorias bem conhecidas sobre o assunto”. Para mensurarmos a diferença entre ambos, de uma forma mais prática, podemos exemplificar da seguinte forma: um líder transacional pode designar responsabilidades a um colaborador como recompensa por ter cumprido certa tarefa ou contrato. Já um líder transformacional pode atribuir tarefas e responsabilidades a este colaborador a fim de desenvolver suas habilidades.

          Há certas situações que o líder transformacional devera tomar atitudes que o transacional e vice versa. Como identificá-lo nesse mix? Wright (2000, p. 306) explica que “a distinção entre os dois tipos de liderança consiste no fato de que líderes que são grandemente transacionais continuam a operar suas organizações no compasso da tradição histórica [...].” No que se refere aos líderes transformacionais, o autor cita que estes “conduzem suas organizações para um futuro que pode resultar em processos e níveis de desempenho significativamente diferentes”.

           Parece tão fácil entender a diferença entre a liderança transacional e liderança transformacional, mas não é tão simples assim. O que não podemos esquecer, dentro da Administração é a distinção desses conceitos e, se pretendemos ter e ser uma sociedade melhor precisamos fazer a diferença e transformar (ser um líder transformacional), mas nunca perder o foco.

 


Referências Bibliográficas
WRIGHT, Peter L. Administração estratégica: Conceitos / Peter Wrigt, Mark J. Kroll, John Parnel; tradução Celso A. Rimoli, Lenira R. Esteves. – São Paulo: Atlas, 2000.

Artigo Publicado pela Autora no Portal Administradores.com, no Link:

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